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O Homem Das Castanhas. Продавец каштанов

Ари Душ Сантуш Карлуш ду Карму Слушать Фаду

Если бы Кобзон был португальцем и пел фаду, его бы звали Карлуш ду Карму (Carlos do Carmo). По долголетию и неистребимости эти двое очень похожи. Песня о тяжелой судьбе уличного продавца жареных каштанов — это дань местной зиме, которая нам кажется просто насмешкой. Сегодня, например, я гуляла по саду Эштрела, таская куртку и шарф в руках. Потому что было жарко. Тем не менее. Окутанные дымом жаровни и запах каштанов — едва ли не главные приметы лиссабонской зимы. Стихи написаны великим Жозе Карлушем Ари душ Сантушом

O HOMEM DAS CASTANHAS
Слова: Ary dos Santos
Музыка: Paulo de Carvalho
Первый исполнитель: Carlos do Carmo

Na Praça da Figueira, ou no Jardim da Estrela
Num fogareiro aceso é que ela arde
Ao canto do Outono, à esquina do Inverno
O homem das castanhas, é eterno

Não tem eira nem beira nem guarida
E apregoa como um desafio
É um cartucho pardo, a sua vida
E se não mata a fome, mata o frio

Um carro que se empurra, um chapéu esburacado
No peito, uma castanha que não arde
Tem a chuva nos olhos, e tem um ar cansado
O homem que apregoa ao fim da tarde

Ao pé dum candeeiro acaba o dia
Voz rouca com o travo da pobreza
Apregoa pedaços de alegria
E à noite, vai dormir com a tristeza

Quem quer quentes e boas… quentinhas
A estalarem cinzentas… na brasa
Quem quer quentes e boas… quentinhas
Quem compra leva mais calor p’ra casa

A mágoa que transporta, é miséria ambulante
Passeia na cidade o dia inteiro
É como se empurrasse o Outono diante
É como se empurrasse o nevoeiro

Quem sabe a desventura do seu fado?
Quem olha para o homem das castanhas?
Nunca ninguém pensou que ali ao lado
Ardem no fogareiro dores tamanhas

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